Mercado dos Peixes: Concessionária e permissionários marcam reunião
Permissionários do Mercado dos Peixes de Fortaleza realizaram uma nova manifestação neste domingo, 24, pedindo o fim da cobrança de tarifa no estacionamento rotativo.
Assim como no ato realizado na noite do sábado, 24, os trabalhadores bloquearam a área de check-out do local, permitindo a saída de clientes sem o pagamento da taxa, que custa R$ 6 por hora.
Durante a manifestação, representantes da empresa Parkfor, concessionária que administra o equipamento, agendaram uma reunião com o advogado que representa a categoria. No encontro, que deve acontecer ao longo da semana, serão discutidas possíveis soluções para o impasse.
Em entrevista ao O POVO, o advogado da Parkfor, Eugênio Vasques, disse que a manifestação dos permissionários é “totalmente ilegal”.
“Ninguém pode chegar tentando quebrar as coisas e impor sua vontade sobre as regras. A empresa foi a vencedora da concessão pública e tem o pleno direito de instituir mudanças no equipamento. Aqueles que causarem eventuais danos e prejuízos poderão ser responsabilizados”, afirmou Vasques. Ainda segundo o advogado, a empresa isenta os permissionários da taxa de estacionamento de 6 às 11 horas, nos sete dias da semana.
O advogado também ressalta que, embora seja contrária à manifestação, a empresa decidiu não adotar medidas que pudessem gerar eventuais conflitos.
“Apesar de não concordar com a manifestação, a gente preferiu não acionar nada (Polícia Militar e Guarda Municipal) por entender que o diálogo é o melhor caminho para tudo. Agora, obviamente que a administradora não vai admitir que prejuízos sejam causados à população, porque apesar de ser uma concessão, a empresa tem a obrigação de conservar aquele equipamento para garantir a melhor experiência de visita aos frequentadores”, complementa.
Após a manifestação de ontem, a Parkfor enviou nota ao O POVO em que afirma estar seguindo todos os trâmites legais relacionados à administração do Mercado dos Peixes.
A empresa classificou o protesto como uma “obstrução irregular” e argumentou que o valor da tarifa do estacionamento é um dos mais acessíveis na comparação com outros mercados da região.
Fonte: Jornal O Povo |